terça-feira, 18 de maio de 2010

Little desires

De todas suas paixonites profanas e impossíveis, aquela foi a pior, a qual perturbava seu sono, seus atos e tomava a frente de seus desejos. Provocava-lhe uma raiva e repulsa contra si mesmo. Como poderia alguém como ele se algemar de tal forma? E além, como poderia alguém como ele se apaixonar gradativamente por alguém tão, tão impossível - ou mesmo imprevisível - ? Seria isso tudo justo ?

Cada vez mais dizia para si mesmo que há coisas na qual só a vida nos ensina, mas logo a que mais lhe convinha aprender, era adiada. E isso tudo se torna cada vez mais a velha bola de neve, ás vezes penso eu que, a vida esteja de brincadeira com esse pobre indivíduo, ou só esteja fazendo pagar por seus erros da juventude. De maneira impróprio, até dolorosa, diria.

Cada dia era como algo ilusório, tudo aparentava estar bem, enquanto por dentro tudo lhe dizia que era impossível, extremamente impossível. Mas a juventude é feita de decisões precipitadas não é mesmo? Ou aquilo era só a válvula de escape na cabeça de Greg ?
Julgo isso tudo engraçado. A verdade é que sempre tive apreço pela desgraça alheia. Enquanto estiver longe, tudo certo. Expectador e nada mais.

Mas outro problema pessoal, é meu senso de distância.

Cada dia mais, a cada manhã mais, o problema de Greg estava agarrado á seus pés de maneira  realmente tentadora. Como um jovem apaixonado esperando ansioso pela resposta de seu pedido de namoro. Ou não.

Tudo e nada se passavam na cabeça dele, quando teria outra oportunidade dessas? Quando sentiria de novo o que a meros dois meses vem sentindo? Não sabia. Ninguém sabia. O problema de Greg talvez estivesse nele mesmo, em distorcer as coisas, em julgar de maneiras embaraçosas. Não sabia se o que sentia era bom ou ruim. De fato em certos momentos lhe trazia imensas ondas de prazer, aqueles momentos que sorrimos para as paredes. Pequenas coisas que transformam nosso dia. Mas de repente, com um vento forte, tudo que lhe agradava nessa situação era arrastado de uma só vez. Maldito vento. Tomei a audácia de apelidar esse vento de Medo.


Apenas aguardo o desfecho disso tudo. Sabe, pessoas são imprevisíveis. E Greg era imprevisível e contraditório. Muito contraditório. Talvez não tanto quanto seu fardo, mas era de uma mudança de decisões, opniões, pensamentos, pensamentos, realmente notáveis. Bipolar talvez. Torço pra que ele saiba o que fazer, que escolha o que menos lhe machucar, que menos lhe marque. Pois mesmo que eu adore um mal feito, Greg significa muito pra mim. Talvez uma parte de mim. E como qualquer um, não gosto de me machucar. Eu pelo menos acho que não.

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